Manuscritos Perdidos do Livro de Mórmon (116 páginas )


                    Um fato muito peculiar ocorreu na história da tradução de Joseph Smith com as ditas placas de ouro. Martin Harris, um fazendeiro bem sucedido, foi convencido por Joseph a financiar as publicações de sua suposta tradução, no inicio Martin começou a servir como escriba de Joseph, a esposa de Martin desconfiava que seu marido estava caindo no golpe do vigário, então ela pediu para ver as tais placas de ouro, mais foi informada que Joseph não permitia: “Ele lhe disse que não poderia vê-las“ porque ele não tinha permissão de mostrá-las a ninguém, exceto aos que o Senhor designasse a prestar testemunho delas”.” (História da Igreja na Plenitude dos tempos. P.47)


Martins Harris
            Martins Harris estava trabalhando com Joseph e já haviam escrito cerca de 116 páginas: “Na Pensilvânia, Joseph e Martin trabalharam juntos na tradução, até 14 de junho de 1828. Nessa época, a tradução tinha 116 páginas aproximadamente do tamanho de papel ofício.” (História da Igreja na Plenitude dos tempos. P.47)

            Já que não poderia ver as tais Placas misteriosas, a esposa dele pediu para ver a tradução que haviam feito até o momento, mais Joseph não permitiu, deixando a esposa de Martin ainda mais desconfiada, sendo assim foi pedido mais duas vezes a Joseph que deixasse levar os manuscritos para que a esposa de Martin e seus amigos, pudessem ver o grandioso trabalho que eles estavam fazendo: Por fim, o Senhor concedeu uma permissão sob certas condições. Martin concordou por escrito que apenas mostraria o manuscrito a quatro ou cinco pessoas, que incluíam sua esposa; seu irmão, Preserved Harris; seu pai; sua mãe e a irmã de Lucy, a Srta. Polly Cobb. Martin voltou para Palmyra levando a única cópia do manuscrito. .” (História da Igreja na Plenitude dos tempos. P.47-48)

            Martin partiu para sua casa com a cópia original dos manuscritos e permaneceu por três semanas, até que Joseph Smith resolveu sair em diligência, viajando até a residência de Martin, que o surpreendeu com uma notícia nada agradável: “Joseph, que não havia expressado seus temores até então, ergueu-se da mesa de um salto, exclamando: ‘Martin, você perdeu aquele manuscrito? Quebrou seu juramento, trazendo condenação sobre a minha e a sua cabeça?’ ‘Sim; ele desapareceu’, respondeu Martin. ‘Não sei onde está’.” (História da Igreja na Plenitude dos tempos. P.48)

            Depois de lamentar, Joseph retornou para sua casa para orar a Deus, pedi perdão por ter insistido na liberação dos manuscritos, e o que todos nós naturalmente acreditamos é que depois de ser repreendido ou castigado, se fosse o caso, Joseph retomaria e traduziria novamente as 116 páginas, correto? Negativo.

            O castigo realmente ocorreu: "Morôni apareceu a Joseph e exigiu que ele devolvesse as placas e o Urim e o Tumim, mas prometeu-lhe que os receberia de volta depois de ter-se humilhado e arrependido.” (História da Igreja na Plenitude dos tempos. P.48-49)

            Agora na hora de traduzir novamente as 116 páginas, a inacreditável ocorreu: “Tendo recuperado o dom divino, Joseph soube, por revelação, que homens iníquos haviam alterado as palavras do manuscrito, no intuito de armar-lhe uma cilada. Se retraduzisse o mesmo material e o publicasse, diriam que Joseph não pudera traduzir a mesma coisa duas vezes e, portanto, o trabalho certamente não era inspirado.” (Ver D&C 10.)

                        Então Joseph Smith alega que Deus havia preparado um plano, pois já sabia que isso ocorreria, mandou que se escrevesse na época do livro, outro registro semelhante que iria substituir o perdido: “Essas placas menores continham um relato semelhante ao do livro de Leí. Joseph foi instruído a não retraduzir, mas prosseguir de onde havia parado e incluir o registro das placas menores de Néfi no momento adequado.” (História da Igreja na Plenitude dos tempos. P.49)

            Não vou entrar no mérito de placas maiores e placas menores de Néfi, livro de Leí, resumo de Mórmon e etc, apenas gostaria de fazer algumas reflexões dessa bizarra história contada por Joseph Smith:

1
           Alegar que pessoas tinham alterando o manuscrito para dizer que Joseph não traduziu os dois iguais? Isso é subestimar a inteligência das pessoas, com uma desculpa que chega a ser ridícula. Pois:



A) Qualquer alteração feita seria facilmente percebida a diferença entre a grafia do falsário e de Martin.

B) Era manuscritos de papel almaço escritos a caneta, qualquer alteração seria facilmente percebido por um leigo.

C) Para fazer um falsificação bem feita, teriam que se começar do zero em outro papel, assim como fez o falsário Mark Hofmann, que enganou os profetas mórmons na década de 80, com manuscritos falsificados que ficou conhecido como Carta Salamandra, dizendo que eram documentos históricos e na verdade não passava de uma falsificação. Então se existisse alguém querendo falsificar alguma coisa, não precisaria de manuscritos originais, bastava pegar o Livro publicado e falsificar o que quisesse, inclusive a nova parte que ele supostamente inseriu no lugar da antiga.

 2 
        Mesmo Joseph Smith não traduzindo as 116 paginas, se realmente alguém tivesse feito a adulteração, não teriam os mesmos apresentado a adulteração para desacredita-lo? Não iria causar no mínimo um grande mal estar para Joseph Smith se fossem divulgado esses pergaminhos adulterados? Apesar disso, até hoje não foi apresentado as tais  adulterações ou qualquer outra falsificação alegando ser os tais manuscritos e esses supostos inimigos que estava sendo influenciados por Satanás, perderam uma grande chance, já estavam com os manuscritos adulterados, era só apresenta-los. Porque não fizeram? O que teriam a perder já que já tinham feito a adulteração? Desculpa, mais chega a ser patético essa história de Joseph Smith.

3 
         Os escritores do Livro de Mórmon, muitas vezes alegam que estavam fazendo um resumo e deixando de escrever muitas coisas realizadas por falta de espaço nas placas: “E não é importante que eu seja meticuloso, fazendo um relato completo de todas as coisas de meu pai, pois elas não podem ser escritas nestas placas, porque necessito do espaço para escrever as coisas de Deus.” (1 Nefi 6:3). Se
existia tanta necessidade de ganhar espaço, iria Deus mandar fazer toda uma história secundária, para ser perdida no futuro? Não bastaria Deus repreender Joseph Smith, ao invés de deixa-lo perder um trabalho inspirado?

4 
         Se Joseph Smith de maneira impensável precisasse perder esses manuscritos para ter uma lição, não seria mais coerente Deus, entregar os manuscritos de volta a Joseph Smith, assim como entregou as Placas de latão nas mãos de Néfi? Tirando-as das mãos do poderoso e perverso Labão: “E também sabia que o Senhor havia entregado Labão em minhas mãos por este motivo—para que eu pudesse obter os registros, de acordo com os seus mandamentos.” (1 Néfi 4:17). Ao invés disso, fez com que se escrevesse toda uma história secundária, tomando espaços preciosos nas placas. Será que Deus não tinha o mesmo poder de entregar os manuscritos nas mãos de Joseph Smith?


Conclusão: Todos sabiam que a esposa de Martin, acreditava que Joseph Smith era um golpista e iria deixa-lo na miséria. Muito provavelmente ela queimou os manuscritos de raiva ou escondeu para provar para seu marido que Joseph era um farsante. Com medo de ser desmascarado Joseph, inventou essa história sem pé e cabeça. Um verdadeiro conto da carochinha.

        Gostaria que assistissem um trecho do episódio de Soulh Park que expressa bem o que logicamente ocorreu nesse episódio com Martin e as 116 páginas perdidas.



4 comentários:

Antonio Carlos Popinhaki disse...

E o pior é que este Martin Harris na sua velhice foi para Utah e viveu com os mórmons até sua morte. Ele preferiu ser enganado a vida toda. É incrível como existem pessoas que não conseguem abrir suas faculdades mentais para a razão.

Wandyson disse...

Verdade amigo Popinhaki, no caso de Matin Harris, ele mesmo depois afirmou nunca ter visto as placas com os olhos naturais, mais sim em um estado de transe, ficou falido, sem família, sem nada. Como realmente a esposa dele estava alertando. Acredito que ele já sabia que tinha sido enganado, mais como Joseph Smith que o enganou já estava morto, mesmo sabendo que tudo era uma fraude, preferiu morrer perto de pessoas que tinha amizade, ao invés de ficar sozinho, literalmente.

O que não é diferente de alguns casos hoje, que pessoas sabem que a igreja é um fraude, mais devido a família e amigos que não saem do mormonismo, algumas pessoas preferem fechar os olhos e continuar enganado ao invés de "sozinho".

Missão disse...

Ele seguiu o velho ditado que diz:"ruim com eles, pior sem eles", diante é claro do estado em que estava vivendo.

Wandyson disse...

Verdade amigo Missão, de uma certa forma até entendo os motivos dele voltar, depois de ter sido enganado.

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